Evolução dos controles internos na governança corporativa


1.1 – Introdução

Nos últimos anos, as estruturas de Controles Internos ficaram ainda mais em evidência, como consequência de dois principais fatores: as crises econômicas mundiais e os casos de fraudes internacionais que provocaram prejuízos financeiros, porque aumentaram os riscos sobre investimentos e impactaram na relação de transparência das empresas.

1.2 Conceito

Os controles internos constituem um processo que busca maior segurança das informações e processos operacionais das organizações. Deve ser implementado pela alta administração da empresa com apoio e envolvimento de diretores, gestores e colaboradores de todos os níveis, com a finalidade de prover razoável garantia à realização dos objetivos específicos da empresa com boas práticas de Governança Corporativa.

1.3 Governança Corporativa

Podemos definir a Governança Corporativa como o conjunto de práticas, políticas de controle e processo de gestão baseado numa correta identificação dos riscos inerentes às operações e a consequente ação para garantir o máximo de eficiência em gestão.

Os auditores internos auxiliam a organização a realizar seus objetivos, avaliando e melhorando a eficácia dos processos de gerenciamento de (1) governança (2) riscos e (3) controle.

A partir da Revolução Industrial, e principalmente no decorrer do século XX, mais precisamente após a Segunda Guerra Mundial, o dinamismo dos negócios tem sido uma constante, e as mudanças se aceleram continuamente, o que cria novos desafios para os sistemas de informação necessários ao bom andamento dos negócios.

1.2 Evolução

Em geral, os sistemas de informação são definidos como sistemas de controle interno, pois estes devem estar incluídos naqueles de tal forma que ambos sejam complementares e não se constituam em apêndices que dificultem o andamento das operações da empresa A informação do tipo digital e isenta de papéis modificou de forma fundamental como os fluxos operacionais se relacionam entre si, e, portanto, modificou também os sistemas de informação e os de controle interno.

Naturalmente, apareceram novos riscos, que devem ser levados em conta por ocasião de eventuais avaliações desses sistemas.

O distanciamento gradual ocorrido entre a propriedade das empresas e sua gestão cria questões adicionais a serem consideradas, uma vez que os proprietários perdem parcialmente o acesso às informações que teriam se participassem diretamente da gestão.

A estrutura organizacional deve ser ajustada constantemente a essas mudanças que ocorrem para suprir os usuários das informações de que eles precisam, de maneira fiel e imediata tal que permitam em tempo a tomada de decisões adequadas de investimentos.

No momento em que as empresas passaram do estágio de controle apenas no âmbito contábil, exigiu-se a introdução de novas técnicas de direção e a implementação de sistemas de controle interno com o objetivo principal de proteger os ativos contra perdas derivadas de erros, intencionais ou não, no processamento das transações e na utilização dos ativos correspondentes.

Nesse ponto, surgiu a necessidade de implementar um sistema de controle interno que, além do âmbito financeiro-contábil, abrangesse também a gestão e a direção de tal maneira que proporcionasse “uma segurança razoável, na obtenção dos objetivos específicos da entidade”

Os problemas de Controle Interno encontram-se, na empresa moderna, em todos os seus segmentos: vendas, fabricação, desenvolvimento, compras, tesouraria e recursos humanos etc.

O exercício de um adequado controle sobre cada uma dessas áreas assume fundamental importância para que se atinjam os resultados mais favoráveis com menores desperdícios. É impossível conceber uma empresa que não disponha de controles que possam garantir a continuidade do fluxo de suas operações e informações propostos.

Por analogia, toda empresa possui controles internos. A diferença básica é que estes podem ser adequados ou não.

Um controle interno adequado é aquele estruturado pela administração e que possa propiciar uma razoável margem de garantia que os objetivos e metas serão atingidos de maneira eficaz, eficiente e com a necessária economicidade.

Razoável margem de garantia pode ser entendida como medidas de efetividade e a custos razoáveis, estabelecidas para evitar desvios ou restringi-los a um nível tolerável.

Isso significa que erros e procedimentos ilegais ou fraudulentos serão evitados e, na sua ocorrência, serão detectados e corrigidos dentro de curto prazo, pelos funcionários, como parte de suas funções habituais.

Medidas de efetividade e de custos razoáveis são a decorrência do conceito de comparar o valor do risco ou da perda potencial contra o custo do controle respectivo.

Controles eficientes permitem cumprir os objetivos de maneira correta e tempestiva com a mínima utilização de recursos com: eficiência, eficácia, economicidade.

Conteúdo extraido do material utilizado no curso de Auditoria Interna em Processos

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