As expectativas da economia, alimentadas pelos bons sinais de acabar com o processo hiperinflacionário quando os preços sobem acentuadamente e as taxas de juros alcançam patamares jamais vistos, começam a desenhar uma alternativa de estabilização: a urgente execução de um sério ajuste fiscal.
As tendências são visivelmente fortes. A política fiscal contracionista deve desempenhar o papel tomado pela política monetária. Nesse sentido, haverá cortes em despesas, sem muitas opções para aumentos de receitas.
Atualmente, os empresários necessitam da maior quantidade possível de informações claras e objetivas sobre o desempenho de seu empreendimento, e é justamente nesse ponto que a auditoria independente assume importante papel, auxiliando o empresário a escolher a melhor forma de entrar no mercado, com o uso do trabalho de consultoria de reorganização societária. A empresa, utilizando-se desse expediente, poderá revestir-se da solidez necessária para o início da operação e, consequentemente, os investidores terão a segurança necessária para aplicar seu recurso material.
Nesse caso, o auditor passa a ser útil tanto à empresa quanto aos investidores, que, por meio da análise das demonstrações financeiras, devidamente acompanhadas do parecer do auditor independente, podem eleger com segurança as empresas em cujas ações efetuarão aplicações de sua poupança pessoal.
A partir de então, os auditores independentes assistem a um reconhecimento maior de sua função. Até algum tempo atrás, muitas empresas consideravam a contratação de auditoria independente um custo, nunca um benefício. Cercados pela existência legal da contratação dos auditores (casos das companhias abertas, entre outras), os empresários, pressionados pela crise econômica, viam-se obrigados a empregar capital em uma atividade que, aparentemente, não lhes traria nenhum benefício. Nada mais errado.
O exame do auditor é um processo que leva o profissional independente a uma verdadeira viagem pela empresa, empregando técnicas que lhe permitem formar uma opinião segura sobre a adequação das demonstrações financeiras (balanço patrimonial, demonstração do resultado, entre outras) e, também, incluem a continuidade operacional da em- presa. São trabalhos realizados em áreas de tesouraria, compras, vendas, custos de produção, fiscal, legal e contabilidade, que permitem ao auditor opinar sobre a posição da empresa por meio de parecer sobre suas demonstrações financeiras, para que estas sejam dignas de fé pública.
A responsabilidade desse trabalho de total independência atinge até mesmo a possibilidade de o auditor responder com seus bens pessoais, caso seja acionado por causar prejuízos a terceiros quando os números certificados da sociedade auditada não corresponderem à realidade.
Outro aspecto a ser ressaltado quanto ao auditor independente é o código de ética que rege seus trabalhos, sendo, segundo o International Federation of Accountants (Ifac), prevista a confidencialidade sobre as informações obtidas durante o curso destes.
Tais informações não podem ser divulgadas sem autorização expressa do contratante dos serviços, exceto, é claro, no tocante a seu parecer de auditoria. O dever de manter confidencialidade mantém-se inclusive após o encerramento do prazo de contratação profissional.
Essas condições – independência, confidencialidade, responsabilidade e capacitação profissional – colocam o auditor em posição extremamente privilegiada quanto a sua participação e opinião sobre os planos da empresa, e seu envolvi- mento em reuniões e comitês pode ser produtivo para esta, inclusive no tocante a planos estratégicos, orçamentos, planejamento tributário etc. Entretanto, essa posição do auditor não tem sido convenientemente explorada pelas empresas- -cliente, que, assim, deixam de obter muitos dos benefícios decorrentes do trabalho de auditoria.
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