Demonstração de Fluxo de Caixa


As informações contidas na demonstração de fluxo de caixa, quando são utilizadas conjuntamente com as informações contidas nas outras demonstrações contábeis, poderão auxiliar aos usuários na avaliação da capacidade da entidade de gerar fluxos de caixa líquidos positivos decorrentes de suas atividades, visando atender às suas obrigações bem como pagar dividendos aos seus acionistas.

Reflete as transações de caixa das atividades operacionais, das atividades de investimento e das atividades de financiamento, bem como a apresentação de uma conciliação de um resultado e um fluxo de caixa líquido gerado pelas atividades operacionais, visando fornecer informações sobre os efeitos líquidos das transações operacionais e demais eventos que afetam o resultado.

 Alguns benefícios das informações sobre os Fluxos de Caixa

  • Quando utilizado em conjunto com as demais demonstrações contábeis, proporciona informações que habilitam os usuários a avaliar as mudanças nos ativos líquidos de uma empresa, sua estrutura financeira e sua habilidade para afetar as importâncias e prazos dos fluxos de caixa a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e às oportunidades;
  • São úteis para avaliar a capacidade da empresa produzir recursos de caixa e valores equivalentes e habilitar os usuários a desenvolver modelos para avaliar e comparar o valor presente e futuro de caixa de diferentes empresas;
  • Aumenta a comparabilidade dos relatórios do desempenho operacional por diferentes empresas, por que elimina os efeitos decorrentes do uso de diferentes tratamentos contábeis, para as mesmas transações e eventos;
  • Possibilidade de uso das informações históricas sobre o fluxo de caixa como indicador da importância, época e certeza de futuros fluxos de caixa;
  • Utilidade para conferir a exatidão de avaliações anteriormente feitas de futuros fluxos de caixa e examinar a relação entre a lucratividade e o fluxo de caixa líquido, e o impacto de variações de preço.

– De um ponto de vista mais voltado para a análise de demonstrações contábeis e não apenas da divulgação da informação contábil, identifica outros objetivos da DFC:

  • Avaliar alternativas de investimentos;
  • Avaliar e controlar ao longo do tempo as decisões importantes que são tomadas na empresa, com reflexo monetário;
  • Avaliar as situações presente e futura do caixa na empresa, posicionando-a para que não chegue a situações de iliquidez;
  • Certificar que os excessos momentâneos de caixa estão sendo  devidamente aplicados;

Apresentação do Fluxo de Caixa

São duas as formas de apresentação do fluxo de caixa.  A forma decorrente do método direto e o método indireto.

Método Direto

Por este método, a DFC evidencia todos os pagamentos e recebimentos decorrentes das atividades operacionais da empresa, devendo apresentar os componentes do fluxo por seus valores brutos.

A opção para este método deve apresentar, no mínimo os seguintes tipos de pagamentos e recebimentos relacionados às operações:

  • Recebimentos de clientes;
  • Juros e dividendos recebidos;
  • Pagamentos de fornecedores e empregados;
  • Juros pagos;
  • Imposto de renda pago;
  • Outros recebimentos e pagamentos

Este método também é conhecido como a abordagem das contas T (T Account Approuach), e consiste em classificar os recebimentos e pagamentos utilizando as partidas dobradas e tem como vantagem permitir a geração de informações com base em critérios técnicos livres de qualquer interferência da legislação fiscal.  Neste método começa-se a explicação dos caixas gerados pelas operações da empresa pelo recebimento das vendas.

Modelo simplificado de DFC pelo método direto

Fluxo de caixa

OBS: O Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações apresenta um modelo semelhante a este embora, não considere a segregação na DFC em atividades operacional, de investimento e de financiamento.

Método Indireto

O método indireto consiste na demonstração dos recursos provenientes das atividades operacionais a partir do lucro líquido, ajustados pelos itens que afetam o resultado (tais como depreciação, amortização e exaustão), mas que não modificam o caixa da empresa.

Como bem destaca o Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, o método indireto, principalmente pela sua parte inicial (lucro líquido ajustado), é semelhante a DOAR, contudo, apesar de seguir a mesma linha, comenta que no método indireto parte-se do lucro líquido para, após os ajustes necessários chegar-se ao valor das disponibilidades produzidas no período pelas operações registradas na DRE, contudo no que se refere a semelhança com a DOAR, o autor destaca que as comparações se estendem apenas as contas circulantes.

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