A atividade agropecuária, por suas múltiplas atividades e volume financeiro das operações (compra, venda, contratação de serviços, produção etc.), constitui-se na realidade em empresa, apesar de nem sempre estar formalmente assim denominada e estruturada.
No auge do desenvolvimento do agronegócio brasileiro as empresas rurais substituem suas práticas administrativas obsoletas por novos conceitos administrativos de planejamento, controle e estratégias organizados em torno da busca de objetivos eficazes e lucrativos. A empresa rural vem se tornando a escolha da administração moderna em conceitos adaptados à realidade e imprevisibilidade devido às suas condições desfavoráveis na produção agrícola atualmente.
2.1.1 Organização
É imprescindível que o empreendimento seja ao máximo desvinculado da pessoa física do ponto de vista organizacional, mesmo que isso não venha a ser formalizado juridicamente. Para um gestor rural, o conhecimento técnico, a sensibilidade e a competência pelo di- agnóstico da empresa determinam grande parte do seu sucesso na agropecuária devido às múltiplas atividades e ao volume financeiro das operações, constituindo-se, na realidade,
como uma empresa, apesar de nem sempre estar estruturada e denominada dessa forma. As operações de gestão agrária são consideradas sob tríplice aspecto: o técnico, o econômico e o financeiro.
Sob o aspecto técnico, estuda-se a possibilidade de plantio de determinada cultura vegetal ou criação de gado na área rural, isso implica a escolha das sementes, os implementos a serem usados, os tipos de alimentação do gado, a rotação de culturas, as espécies de fertilizantes e o sistema de trabalho etc.
No aspecto econômico, estudam-se várias operações a serem executadas, quanto ao seu custo e aos seus resultados, isto é, o custo de cada produção e sua recuperação, através do qual se obtém o lucro.
Considera-se o aspecto financeiro quando se estudam as possibilidades de obtenção de recursos monetários necessários e o modo de sua aplicação, ou seja, o movimento de entra- das e saídas de numerários, de modo a manter o equilíbrio financeiro do negócio.
2.1.2 Estrutura organizacional
No sentido de desvincular o empreendimento ou “emancipá-lo”, ele deve ser dotado de uma estrutura autônoma responsável por todas as atividades que compõem a administração, administração financeira, contábil etc.
A solução proposta seria de reagrupar, por departamento, as atividades e dar mais altura ao organograma, criando níveis intermediários efetivos (gerências de setores). Devem atentar para:
- – os escritórios de base na cidade e na fazenda tornam-se responsáveis pela Contabilidade (registros e processamento de dados);
- – os departamentos estariam cada um sob a responsabilidade de um técnico de nível médio ou superior;
- – o administrador assumiria a responsabilidade integral pelos resultados do empreendimento.O administrador será o responsável pelas seguintes tarefas:
- – planejamento (produção e finanças);
- – organização (produção e administração);
- – direção de seus subalternos diretos; e
- – controle (produção, administração e finanças).Ele deverá apresentar planos (ex.: orçamento) ao proprietário que, uma vez aceitos, deverão ser implantados, além de elaborar um sistema de relatório e controle que permita a este último acompanhar o andamento do empreendimento.
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