Como Implementar uma Auditoria Interna na sua Empresa


Por força da competição acirrada no mundo dos negócios, é imprescindível a utilização de ferramentas eficazes de controle e avaliação de todas as suas áreas e seus processos de trabalho. Reduzir e, se possível, eliminar a possibilidade de erros e fraudes é muitas vezes sinônimo de sobrevivência empresarial. E é aí que entra a atividade de auditoria interna. Embora sua aplicação seja ainda recente no País, a área tem assumido importância capital nas organizações em função de seu objetivo: de analisar e avaliar sistematicamente os sistemas de controles internos das organizações, visando maior transparência e confiança nas operações realizadas pelas empresas. “Hoje a atividade faz parte de um sistema global de controles internos. As empresas sentem necessidade de melhorar a avaliação de seu desempenho”.

Trabalhando em parceria com os gestores, os auditores internos levantam e avaliam os resultados alcançados pelas áreas e levam ao conhecimento da alta direção informações sobre problemas e pontos críticos, além de recomendações de providências e melhorias cabíveis para cada caso.

E uma curiosidade: No caso das empresas estatais e órgãos públicos, sociedades de economia mista, instituições direta ou indiretamente controladas pela União, como autarquias e fundações, ter uma unidade de auditoria interna funcionando não é apenas uma preocupação em termos de negócios, mas uma obrigação determinada por lei.

Veja abaixo, então, como ter mais esse instrumento de gestão organizacional dentro de sua empresa.

Instale uma área adequada às suas necessidades. A implantação do departamento de auditoria interna depende de vários fatores, da cultura da organização, características do negócio até a questão da disponibilidade de recursos financeiros.

Por isso algumas empresas podem necessitar de uma equipe composta de auditores internos com várias especialidades: contábil, trabalhista, previdenciária, fiscal,dentre outras. Outras, ao contrário, podem preferir fazer pesados investimentos em tecnologia da informação. Nesse caso, um único auditor é quem responde pela área e para dar conta do serviço tem em mãos uma série de softwares sofisticados de auditoria para cada área específica.

A equipe tem de estar a par de tudo – É imprescindível que os auditores internos participem de cabo a rabo da elaboração do planejamento estratégico da organização. Só assim eles terão condições de cumprir de maneira satisfatória a tarefa de assessorar os gestores para o cumprimento das metas definidas pela alta administração. Inclusive, a área de auditoria interna deve ter uma posição hierárquica independente no organograma da empresa. Ou seja, os funcionários devem responder diretamente a uma autoridade máxima, seja a presidência, a superintendência, o conselho diretivo ou o conselho administrativo. “Eles precisam ter total independência, para que os trabalhos não sejam prejudicados”, afirma o consultor.

É hora de colocar no papel as etapas do trabalho – Com as informações sobre o planejamento estratégico, os auditores internos precisam elaborar seu plano anual de atividades. Por exemplo: examinar os registros contábeis, verificar se as diretrizes traçadas pela direção estão sendo cumpridas, avaliar a aplicação e utilização dos recursos gastos. Eles também vão indicar as áreas que deverão ser auditadas e explicar os motivos pelos quais elas são prioritárias. Antes de ser executado, o plano de trabalho precisa passar pelo crivo da aprovação da diretoria. Toda essa cautela, “é para que os auditores possam ter força de decisão e amplitude de ação”.

Semelhantes nas metodologias, diferentes nas funções – Apesar de utilizarem as mesmas técnicas de auditoria dos auditores externos, comumente chamados de independentes, os auditores internos se distinguem por alguns aspectos básicos. Para começar eles têm de ser funcionários registrados da empresa e sua atuação é sistemática e constante. Além disso, o trabalho não se limita à emissão de pareceres sobre demonstrações financeiras – geralmente o principal serviço solicitado às empresas de auditoria independente .

Recrutar “pratas” da casa ou trazer gente de fora? – Lisboa comenta ainda que a primeira coisa que as empresas devem ter em mente é que “a atividade de auditoria interna não é simplesmente verificar o que está certo ou errado num determinado processo. É muito mais abrangente”. Estando conscientes disso, diz ele, as empresas terão mais condições de escolher o que lhe for mais conveniente.

A formação é um dos pontos críticos. Os funcionários devem ter nível superior em administração, direito ou contabilidade. Há casos, no entanto, em que o funcionário pode ter outra especialização em virtude das especificidades do negócio. Nas empresas de assistência médica é aconselhável, por exemplo, que o auditor interno seja médico ou enfermeiro, mas tenha também conhecimentos de matemática financeira, informática e estatística.

Fora a competência profissional, o lado comportamental é também de suma importância, o auditor interno lida com assuntos confidenciais e estratégicos e por isso precisa ter uma conduta pautada pela discrição, integridade moral, imparcialidade nas decisões e recomendações. E mais: precisa ter facilidade de relacionamento, equilíbrio emocional e habilidade para se comunicar bem.

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Prof. Ibraim Lisboa

Fonte: Portal de Auditoria


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