Auditoria de Balanço


AUDITORIA DE BALANÇO

 

1. A AUDITORIA

 

1. 1 DEFINIÇÃO E OBJETIVOS

 

A auditoria é o exame de demonstrações e registros administrativos. O auditor observa a exatidão, integridade e autenticidade de tais demonstrações, registros e documentos (Arthur W. Holmes).

 

Utilizada para verificação geral – até onde possível – das contas de uma empresa, para determinar sua posição financeira, o resultado de  suas operações e a probidade de seus administradores, com o fim de comunicar o resultado do exame aos proprietários, acionistas, gerentes, conselheiros, bolsas e outros órgãos oficiais, síndicos atuais ou prováveis arrendatários, futuros interventores ou compradores, juntas de credores, agências mercantis, hipotecários ou quaisquer outros interessados.

 

Um dos principais objetivos da auditoria é o fortalecimento das Demonstrações Contábeis, com o intuito de prevenir incorreções e fraudes societárias, comerciais, fiscais e trabalhistas. Pelo fato que é na Contabilidade que estão registrados os atos e fatos da empresa, seja para fins de fiscalização tributária ou trabalhista, distribuição de lucros aos sócios, concordata ou falência, sempre a base para averiguações é a escrituração contábil.

Em um caso concreto, se a empresa registrar em duplicidade um faturamento deverá recolher sobre a incorreção todos os tributos incidentes sobre o faturamento.

 

O objeto desta apresentação é a Auditoria Contábil, no entanto a empresa pode contratar auditor para as seguintes áreas:

·         Auditoria Tributária, Auditoria Trabalhista, Auditoria Fiscal ( ICMS e IPI), Auditoria Controles internos, Auditoria na Terceirização. Ou seja, na empresa tudo pode ser auditado.

 

1.2 PLANEJAMENTO DA AUDITORIA

 

O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as atividades, os fatores econômicos, legislação aplicável e as práticas operacionais da entidade, e o nível geral de competência de sua administração.

O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes:

a) o conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as alterações procedidas em relação ao exercício anterior;

b) o conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade;

c) os riscos de auditoria e identificação das áreas importantes da entidade, quer pelo volume de transações, quer pela complexidade de suas atividades;

 

Exemplo:

 

a) Ínterim

 

O Auditor analisa as contas contábeis com maior profundidade, verifica os controles internos das operações da empresa. Até mesmo em função das horas de auditoria programadas. Na auditoria de ínterim, por exemplo, destina-se:

 

- 32 horas/auditor para o Ativo Circulante;

- 40 horas/auditor  para Estoque;

- 24 horas/auditor para o Ativo Não Circulante;

- 40 horas/auditor para o Passivo Circulante e  Não Circulante;

- 24 horas/auditor para Receitas e Despesas;

- 40 horas/auditor para analisar o cálculo e o recolhimento dos tributos.

Total – 200 horas de auditoria

 

b) Balanço

 

Enquanto que para a Auditoria de Balanço estão programadas apenas 60 horas, a título de exemplo, pois o objetivo maior é constatar a adequação dos saldos contábeis, os detalhes foram examinados na Auditoria de Ínterim.

 

1.3 AMOSTRAGEM

 

Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a serem testados, o auditor pode empregar técnicas de amostragem.

 

Ao usar métodos de amostragem estatística ou não estatística, o auditor deve projetar e selecionar uma amostra de auditoria, aplicar a essa amostra procedimentos de auditoria e avaliar os resultados da amostra, de forma a proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.

 

A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta com o volume de transações realizadas pela entidade na área ou transação objeto de exame, como também com os efeitos na posição patrimonial e financeira da entidade, e o resultado por ela obtido no período.

 

1.4 CONTROLES INTERNOS

 

A empresa não é auditada somente com relação aos saldos e lançamentos contábeis, mas é analisada quanto a segurança de suas operações internas, objetivando evitar riscos, fraudes, desvios e crises administrativa.

 

1.5 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

 

Na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos:

a) inspeção – exame de registros, documentos e de ativos tangíveis (auditar é ver os documentos);

b) liquidação subseqüente;

c) recebimento subseqüente;

d) confronto com relatórios de outros setores ou relatório externo (extratos bancários, listagem de fornecedor cliente);

e) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução;

f) investigação e confirmação – obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade (cartas de circularização);

g) cálculo – conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e demonstrações contábeis e outras circunstâncias (conferência das bases de cálculo dos tributos); e

h) revisão analítica – verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas.

 

1.6 PAPÉIS DE TRABALHO

O auditor deve documentar as questões que foram consideradas importantes para proporcionar evidência, visando a fundamentar seu parecer da auditoria e comprovar que a auditoria foi executada de acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis. 

 

Os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução da auditoria. Eles integram um processo organizado de registro de evidências da auditoria, por intermédio de informações em papel, meios eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam. 

 

Os papéis de trabalho destinam-se a: 

a)      ajudar, pela análise dos documentos de auditorias anteriores ou pelos coligidos quando da contratação de uma primeira auditoria, no planejamento e na execução da auditoria;

b)      facilitar a revisão do trabalho de auditoria;  

c)      registrar as evidências do trabalho executado, para fundamentar o parecer do auditor independente.

 

Forma de referência dos papéis correntes de trabalho

 

O arquivamento dos papéis de trabalho na Pasta Corrente deve seguir uma ordenação lógica de modo a facilitar o manuseio destes e permitir a realização de referências cruzadas entre as contas analisadas.

Conteúdo retirado da Obra Auditoria de Balanço, para acessar mais assuntos atualizados, clique aqui.

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